A astrologia sempre foi uma prática fascinante, tanto para aqueles que acreditam que os acontecimentos do céu e da Terra se relacionam quanto para os curiosos que buscam explicações “científicas” nesses estudos. Com uma história que remonta a milhares de anos e atravessa diversas civilizações, a astrologia continua sendo um tema debatido, especialmente quando surge a pergunta: astrologia é ciência, pseudociência ou nenhum dos dois?
Neste artigo, vamos explorar diferentes aspectos dessa questão. Abordaremos conceitos fundamentais de “saber” e “ciência”, analisaremos a separação histórica entre astrologia e astronomia e, por fim, refletiremos sobre nossa relação com o céu e com os ciclos naturais que a astrologia propõe interpretar.
O que é ciência?
Antes de entrarmos na discussão sobre astrologia, é importante compreender o que define a ciência e como ela se estabelece na sociedade moderna. De forma simples, a ciência é um esforço rigoroso e sistemático que organiza o conhecimento por meio de explicações e previsões testáveis sobre o mundo.
Nesse sentido, ela busca descrever, explicar e prever fenômenos naturais com base em observação, experimentação e formulação de leis e teorias. As ciências naturais, como física, biologia e química, baseiam-se em dados empíricos e experimentos repetíveis para validar suas hipóteses.
Por outro lado, práticas que se apresentam como “científicas” sem atender aos fundamentos do método científico são consideradas pseudociências. Essas práticas não são testáveis ou não apresentam resultados consistentes e verificáveis.
Com base nas definições de ciência e pseudociência, a astrologia não se configura em nenhuma delas.
Astrologia: Ciência, pseudociência ou saber?

A astrologia não se encaixa de nenhuma maneira na definição clássica de ciência e todo astrólogo e estudante de astrologia sabe disso. Ela não pode ser testada de maneira controlada e repetitiva da mesma forma que, por exemplo, um experimento científico no campo da física.
E por ser um estudo que leva em consideração o movimento dos corpos celestes do ponto de vista da Terra e não do Sol, a astrologia também não é uma pseudociência por não se aproximar nem de maneira teórica com a ciência.
A astrologia funciona como uma ferramenta interpretativa, que oferece insights simbólicos e psíquicos com base nos movimentos planetários que acontecem no céu e como eles podem se correlacionar com os eventos da Terra.
Definitivamente, esse estudo não procura se validar no campo científico mas sim, no saber: empírico e ancestral.
Os Tipos de Saberes: Científico, Empírico e Ancestral
É importante entender que existem diferentes formas de saber, e nem todos os saberes precisam ser científicos para serem valiosos. A ciência é apenas uma das maneiras de entender o mundo, no entanto, há outros tipos de saber que também são essenciais para a compreensão humana, como o saber empírico e o saber ancestral.
- Saber Científico: Baseado na observação rigorosa, na coleta de dados e na realização de experimentos controlados, o saber científico busca explicar o funcionamento do mundo de forma objetiva e verificável.
- Saber Empírico: O saber empírico é aquele que se adquire por meio da experiência prática. Ao contrário da ciência, que exige experimentação controlada, o saber empírico é construído pela observação contínua, pela prática e pela transmissão de conhecimento de geração em geração. A astrologia, com sua longa tradição de observação dos astros e sua interpretação simbólica dos padrões celestes, se encaixa nesse saber.
- Saber Ancestral: O saber ancestral se refere ao conhecimento transmitido por culturas antigas, muitas vezes por meio de tradições orais e práticas espirituais. Esse saber tem uma profunda conexão com a natureza, com o cosmos e com a experiência humana. A astrologia, sendo uma prática que remonta a tempos antigos, se insere nesse contexto, oferecendo uma cosmovisão da vida e do universo que vai além dos dados empíricos e científicos.
A sabedoria ancestral: base da astrologia
Embora não siga o rigor do método científico, a astrologia possui uma longa tradição de observação empírica. Civilizações antigas, como os Babilônios, Egípcios, Maias e Incas, dedicaram grande parte de seus estudos à observação dos céus, associando padrões celestes a eventos terrestres.
Essa prática gerou um vasto banco de dados simbólicos ao longo dos séculos. Diferentemente da ciência moderna, esse conhecimento foi transmitido de geração em geração por meio de tradições orais e práticas culturais, formando uma base sólida de saber empírico e ancestral.
Desse modo, a astrologia conecta o macrocosmo (o universo) ao microcosmo (o ser humano), oferecendo uma forma de leitura dos ciclos naturais que transcende a lógica científica.
A astrologia como sabedoria conectiva
Em vez de enxergar a astrologia como uma pseudociência, podemos considerá-la uma sabedoria conectiva. Assim, ela se apresenta como uma maneira de compreender os fluxos e ritmos naturais que regem nossa vida e nossa alma, especialmente porque também fazemos parte da natureza.
Além disso, a astrologia funciona como um saber que nos liga à intuição, à interpretação simbólica e à conexão com os ciclos naturais. Nesse contexto, ela pode ser vista como uma forma de leitura do céu, um estudo das energias que influenciam nossa jornada e nos ajudam a compreender melhor a nossa trajetória.
Portanto, essa abordagem não entra em competição com a ciência. Pelo contrário, oferece uma visão complementar ao conhecimento técnico, proporcionando maior profundidade ao entendimento humano.
Astrologia no cotidiano moderno

A astrologia pode ser facilmente integrada ao cotidiano de diversas formas:
- Acompanhe os Ciclos Lunares: Alinhe suas ações às fases da Lua. Por exemplo, use a Lua Nova para definir intenções, a Cheia para celebrar conquistas e a Minguante para desapegar.
- Explore Seu Mapa Natal: Descubra seu mapa astral para entender padrões de comportamento, potencialidades e desafios pessoais.
- Observe os Trânsitos Planetários: Utilize calendários astrológicos para acompanhar como os movimentos dos planetas podem influenciar seus sentimentos e decisões.
- Estude Culturas Astrológicas: Mergulhe na história de civilizações que usaram a astrologia como guia. Isso amplia a compreensão de sua riqueza simbólica e cultural.
- Faça Reflexões Pessoais: Use a astrologia como uma ferramenta de introspecção. Ela pode ajudar a identificar padrões emocionais e a trazer clareza em momentos de dúvida.
- Alinhe áreas da vida através das viagens: utilizando a astrocartografia, você pode explorar destinos que ativem áreas da vida que você deseja melhorar. Saiba tudo sobre astrocartografia nesse artigo!
A astrologia é uma sabedoria ancestral que transcende o método científico, oferecendo uma linguagem simbólica para refletir sobre nossas vidas e nossa conexão com o cosmos. Ao compreendermos os diferentes tipos de saber — científico, empírico e ancestral —, podemos enxergar a astrologia como uma prática complementar ao conhecimento técnico, trazendo significado e profundidade à nossa jornada.
Embora não pretenda competir com a ciência, a astrologia continua a guiar milhões de pessoas ao redor do mundo, oferecendo insights emocionais, espirituais e simbólicos que permanecem atemporais.